quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Corra menina,corra

A menina corria pelas ruas lúgubres daquela cidade a noite,ainda molhadas pela chuva vespertina que lhe açoitara.A menina corria,pisando nas poças de água,e vendo seu reflexo se desmanchar nelas.
Corria.
As pessoas respondiam aturdidas seus olhares.
Corria.
E tudo parecia transcorrer lentamente ao passo que ela corria.
Corria.
Olhava em seu relógio,com medo de perder as horas.De perder aqueles segundos e minutos que transcorriam,como se,que correndo,pudesse retarda-los,ou até possivelmente tocá-los.
Corria.
Corria,olhando sempre para trás,numa irônica metáfora ineferente ao seu passado.
Corria.
O vento mostrava que aquela noite seria fria.Mas seria mais fria que os pensamentos daquela menina que corria,a lhe cortar pelas ruas?Algumas gotas caíam,anunciando a tempestade que logo se aproximaria.E seria tão pesada quando a amargura que continha o coração daquela menina que corria,a simplesmente a ignora-la?
Ela corria.
Correu.
Corra menina,corra

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