quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Á Mairiporã

Mairiporã
que em suas simples ruas
de tão vagas memórias
faz pulsar em mim
estranha melancolia
As pessoas que por ti passam
com seus ares tão niilistas
são tão desprendidas de você
O tempo,por você,passa lentamente
somos tão velhos em casa detalhe aqui.
Somos solitários poetas
(ou tentativas frustradas de sê-los)
que procuram em você
a tristeza necessária para construir
alguma obra poética.
Seus bares tão lúbricos
que nos fazem esquecer de sua torpeza,
nos tornando estrênuos a cada gole
das mais baratas bebidas,
mas a fraca lembrança
de voltar a te respirar,em ti pensar
nos faz voltarmos a sermos covardes novamente
E longe,muito longe de você
quando assim estou
te carrego dentro de mim,como uma tênue inação
e uma inocência quase infantil
ao olhar para tudo aquilo que em você nunca vi.
E mesmo que um dia,à você,não mais retornarei
serei sempre convalescente
do seu eterno fastio.
Amor dúbio e esquálido que sinto por você
minha ausente Mairiporã

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