sábado, 24 de janeiro de 2009

Exatamente como é igual a tudo.

Não é estar perdido, eu queria saber exprimir isso mas eu nem sei qual é o meu futuro, eu já tentei ler tarô e jogar buzios, mas essas coisas não adiantam muito quando você sabe exatamente qual vai ser o dia de amanhã. É, eu acho que estou perdido, não há outra palavra prá explicar quando a gente anda e anda pela casa e não reconhece nada, e se olha no espelho e sente vontade de se retalhar todo, e não se lembra dos finais dos livros mofados na estante e dos filmes que estão pelas gavetas. Eu poderia, aliás, eu vou afirmar que tudo é igual, todos os finais, o meu final vai ser igual a esses finais, vai ser igual ao final de todos os meus dias. Eu queria sim, muito que, sim, eu desejo que alguém abra essa porta e que fale o meu nome, que eu não sei mais qual é porque, ah , tanto tempo que eu não o ouço, ele se perdeu pelas paredes assim como os meus sorrisos, como a minha felicidade que não se encontra mais em qualquer lugar, porque tudo está perdido como eu, sim, a palavra é perdido, é perdição, é estar num cúbiculo sozinho e escuro mas, você vê o que acontece lá fora mas nada acontece aqui dentro, de mim.
Eu vou abrir a janela, tirar um pouco os livros da estante, ver se vejo alguns filmes e tentar fazer um esforço para ser feliz. É isso, amanhã eu faço.
Mas amanhã vai ser igual a hoje.

2 comentários:

Adriana Gehlen disse...

é, nada vai mudar se eu chamar um cara pra sair, nada.
amanha é tudo igual

Junker disse...

todo dia eh um resumo do dia seguinte... e o dia seguinte é o resto da nossa vida escarrado e cuspido.