domingo, 3 de fevereiro de 2008

Tudo lhe era possível

(...)
.- E de repente, ela descobriu que era possível.
- O que era possível?
- Tudo lhe era possível.
- A vida lhe era possível?-
Tudo lhe era possível. A vida, a morte, os sonhos, o amor…
- O amor também lhe era possível?
- Sim, e porque não?
- E as cicatrizes da vida que a tornaram cética?
- Apagaram-se com o soprar do vento.
- E os assuntos mal-resolvidos do passado?
- O soprar do vento também virou essa página. O que não tem solução, solucionado está.
- Mas… e o medo?
- Ela supera. Quando se quer muito alguma coisa, vale a pena correr o risco.
- E a timidez, ela se livrou?
- Não, a aceitou. Talvez a timidez seja o seu mistério, o seu charme…
- E o que ela fez com o ceticismo, jogou no lixo?
- Ela prefere acreditar em algo e estar errada a não acreditar em coisa alguma.
- E o que fez com que ela acreditasse que tudo lhe era possível?
- O seu coração foi preenchido por palavras de sabedoria
- E quais palavras foram essas?
- As palavras de sabedoria.
- Sabedoria de quem? De Deus? De Jesus Cristo? De Buda? De Bono Vox?
- As palavras do vento que soprou.
- E o que foi que o vento falou?
- Que tudo lhe era possível.

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