terça-feira, 29 de setembro de 2009

A cor do teu vermelho sobre a cor do meu branco

Originalmente publicado no meu (extinto) recanto das letras em 19/07/08
Aqueles que amam e os que são felizes não são os mesmos
Marcel Proust


Acho que não saberia explicar a alegria que sinto agora ao te ver aqui, finalmente após esses quase 5 ou 10 ou quem sabe até 20 anos? Eu nem me lembro qual foi a última vez que me senti assim tão feliz por tão pouco, aliás, eu já me senti assim ao seu lado sem qualquer tédio ou obrigação? Durante toda essa eternidade que se desfaz agora com esse seu sorriso, fiquei te esperando entre esse teto, essas paredes e todas essas pessoas de branco, ansiando que você me presenteasse com alguma cor, assim como esse seu vermelho meu favorito em seus lábios, nas suas unhas e espalhado em seus olhos. Só Deus e eu sabemos o quanto o branco é doentio, nada de paz ou pureza, a cor do vazio e da imensa solidão, somente pessoas gritando e se debatendo umas contra as outras, contra esse maldito branco que me dá ânsia de vômito. A última vez que eu vi alguma cor foi o vermelho dos borrões de sangue nas paredes, quando eu quis ultrapassá-las e chorei de alegria sem sentir qualquer dor ao ver aquele vermelho vivo quente escorrendo pelo branco virginal daquelas paredes e prostrei-me a Deus em agradecimento, quando pude senti-lo como uma leve dor em meus braços e uma corrente percorrendo as veias do meu corpo. E a paz, de dias mais brancos. E o pai, como está? Espero que tão bem como eu estou aqui. Ele nunca veio aqui me visitar, me perguntar se estou bem e se preciso de algo. Eu queria olhar para ele e dizer que pela primeira vez na minha vida preciso de sua ajuda. As vezes temo esquecer aos poucos os contornos daquele rosto tão forte e tão triste que era o dele. Quando eu me vejo refletido em algo, principalmente assim nos seus olhos como eu estou me vendo agora, não pisca tá?, eu me lembro demais do pai por lembrar demais ele. A gente é bem igual né? Assim fisicamente pareço com a mãe, mas de resto herdei tudo do pai, desde não saber amar até essa cegueira involuntária, de querer viver na incerteza do que enxergar a verdade, não tem cura, sabia? Talvez por isso eu e ele nos tornamos esses cretinos imundos que no final perderam, cada qual a sua maneira, a única mulher que realmente um dia amaram. Fico me perguntando se isso se carrega no DNA ou é mais uma mera coincidência do destino? Porque eu lutei para não ser como ele, mas no final, segui os seus passos até parar aqui, meu ponto final. Eu sempre me pergunto isso e agora vou te perguntar, apenas para confirmar todas as minhas dúvidas e me atirar novamente ao inferno, quem teve o melhor final feliz: Eu preso neste branco terminal lentamente, sendo morto pela minha loucura que se alimenta da minha tristeza ou ele, que vez ou outra estupra a filha porque essa pobre infeliz tem os mesmos traços delicados da mãe que a abandonou? Queria ter mais pena de você Julia, chorar com alguma sinceridade ao te ver assim. Mas eu não consigo nem mesmo sentir piedade de mim, eu nem sei o que eu sinto por mim, além de dor, porque cada lágrima que eu consiguia derrubar, rasgava meu rosto como giletes, mas hoje, cada vez que penso em chorar já me corto e sangro, não sou forte como pensa que sou. Posso te pedir um favor?Quando ele estiver por cima de você, diga que eu o amo de todo o meu coração e que o perdôo por tudo, mesmo que eu ainda sinta aquele tapa em minha face e aquele “você não presta tanto quanto a sua mãe” ecoando em minha mente quase todos os dias. Daqui a pouco, se você me der licença, terei de tomar o meu remédio, e adivinha a cor dele?Sim, essa cor bem no fundo dos teus olhos, que faz me sentir mais leve e quase tão morto que consigo ver a lucy no céu com diamantes vermelhos. Quero logo que essa sensação de quase morte não seja mais apenas uma sensação, mas ando fraco demais para pulsos. Se lembra da mãe? É, talvez eu ainda a ame mesmo sem ter tido a sensação de ter uma mãe. Ela de traços tão delicados e olhos cinzas flertando com a surrealidade daquela felicidade que ela irradiava num casamento frustrado, com filhos tristes mendigando pela sua atenção. Espera Júlia, por favor, os seus olhos estão tão iguais aos dela...

Mãe, minha amada Marta, adormecida nos macios olhos de Julia, quase não posso acreditar que seja realmente você na minha frente, quanto, mas quanto tempo se passou até que esse dia chegasse? Papai nos mandava rezar por sua alma ás vezes, dizia estar morta... Ainda me lembro de você vagando pela casa ao som de Gardel, com aqueles seus passos tão certos quanto a certeza que tínhamos que você não fosse feita para nós. E essa sua alegria humilhava meu pai, porque ele já sabia do seu amante, aquele seu galã decadente da nouvelle vague, que me dava balas para que eu os deixasse em paz, enquanto estavam no quarto em que você certamente nos concebeu. Hoje eu sei que você nunca nos amou, eu sei disso mesmo tendo abraçado a ilusão de que você um dia, por algum momento, nos amou. Você que nos olhava como se fossemos estranhos que compartilhavam a mesma casa com você, e que você tentava manter o mínimo contato possível, com medo de nos amar. E segundo aquela carta deixada sobre a mesa, você havia fugido para Buenos Aires com aquele quase Jean-Claude Brialy que lhe fazia a mulher mais feliz e mais completa do mundo, e sabia que crianças de 10 e 8 anos compreenderiam isso perfeitamente assim como o marido abandonado. É claro que entendemos isso tanto que, durante muito tempo, rezávamos para que você voltasse logo para nos buscar, porque também queríamos ser felizes e completos. Então eu e Júlia começamos a odiar Deus a cada dia que se passava sem você estar por perto. Enquanto mães se sacrificavam pela felicidade de seus filhos, você nos sacrificavam pela sua felicidade. Mãe, eu que sempre desde muito cedo invejei aquele seu amante por ter a sua atenção e o seu amor incondicional, e hoje o invejo mais por ter tido o seu corpo entrelaçado ao dele, por ter estado dentro de você e ter chegado mais perto do seu coração mais do que qualquer um de nós. Eu que nunca hei de esquecer os teus olhos cinzas e os teus lábios tão perfeitamente vermelhos contra a sua pele violentamente branca. Branca como todas as paredes que me cercam, branca como essa minha dor vazia de você, que está aqui, agora mais do que nunca perto dos meus abraços. Você deixando para trás rosas vermelhas murchas no vaso do seu quarto, murchas como Julia ao longo desses anos ao lado do pai, mesmo quando ela tentou fugir, espalhando todo aquele vermelho existente dentro dela por todo o ladrilho do banheiro todo branco, a sua cor favorita não? Você nem soube da partida de Julia. Eu que amava Julia até mais do que a mim mesmo e que encontrava nela esse amor maternal que eu queria que fosse seu. Julia foi embora e me deixou sozinho com aquele que em breve eu seria. Queria que você tivesse conhecido Sophie, talvez por ser tão igual a você eu tenha me apaixonado por ela. Sophie tão perfeita quanto você ou até mais, Sophie tão você em meu amor doentio. Assim, olhando para você eu posso contornar o rosto de Sophie, o pescoço de Sophie, o mesmo pescoço que ainda sinto em minhas mãos...

Sophie...Sophie, você ainda é aquela de quem eu me recordo entrando em minha vida pela porta da loja de discos em que eu procurava algo para relembrar do que já ouvira (antes da sua voz), talvez qualquer coisa naquele dia, eu não me lembro do que escolhi porque eu só me lembro dos teus dedos deslizando sobre os meus até chegar até aquele álbum branco do Caetano e que eu só ouvi muito tempo depois, quando você era tão minha quanto um dia eu já fui meu, dono de alguma razão. Você tentando me ajudar nessa escolha que até hoje eu realmente não me lembro porque eu só me lembro do seu sorriso dentro dos teus lábios carmins tais como o seu vestido vermelho que usaria mais tarde para me encontrar num bar ali perto, onde me contaria após vários copos de alguma coisa que eu não vou me lembrar agora porque eu só me lembro dos teus olhos multicoloridos, ora azuis quando estava alegre ora meio verdes quando estava triste e as vezes era algo como um verdeazul quando estava apenas comigo, a história da sua vida até ali, até me encontrar, até começar ali a escrever em poucas linhas o seu fim, muito mais meu do que seu. E assim começou tudo, de alguma maneira começou ali a minha vida. Porque antes eu não vivia de verdade Sophie. Eu, morto que andava por todos os cantos procurando algum sentido, desvairado alienado que se contentava com aquele nada que existia e batia no meu peito como dor. Ah Sophie, quisera ter lhe dito isso algum dia quando estávamos juntos. Tantas coisas que calei, que guardei comigo e que agora abro para você. Sophie, ainda há tanto de você pela minha casa, nada aqui senão a tua vaga imagem sobre meus olhos dormentes, mas lá, único lar que tive, ainda há os teus cigarros jogados debaixo da minha cama, com o leve sinal do teu batom vermelho e que eu, nesses momentos sem você, buscava neles o resto dos teus beijos que tinham o gosto amargo dos meus. E as tuas roupas que ainda guardam um pouco desse teu corpo que eu deslizava suavemente, com medo de que derretesse com o calor do meu desejo, ainda estão por lá, em alguma parte em que ninguém mais álem de mim saberá a quem pertenceram.

Ah, Sophie, não queria que isso tivesse acontecido.Me lembro de você assim tão leve flutuando assim como a minha mãe pela sala dançando qualquer tango de Gardel e me levando junto, me conduzindo através do seu corpo por lugares jamais imaginados até o paraíso que é tão somente te sentir dentro de mim e compartilhar das mesmas batidas do seu coração, enquanto eu cantava quase recitando de tão belo e de tão real a nós aquele trecho de Gardel em seu ouvido, aquele assim "Por una cabeza,todas las locuras.Su boca que besa,borra la tristeza,calma la amargura.Por una cabeza,si ella me olvida que importa perderme mil veces la vida, para qué vivir?"*.Os nossos livros e discos que agora já nem fazem sentido algum para qualquer pessoa que os tenham, mas que tão somente nos completavam entre versos entoados por nossas vozes embriagadas em alguma música, mas que agora se perdem em algumas caixas que alguém levará para o lixo onde ninguém mais poderá ouvi-los e senti-los, um final tão trágico quanto o nosso. Ouço agora o eco de todos aqueles “eu te amo” que você insistia em me dizer e que eu não acreditava por não fazerem parte dessa minha vida, feita de ódio e sangue. Perdão Sophie por não ter acreditado nesse teu amor tão desprendido e sincero, esse amor que eu tanto procurei em Marta e encontrei em você. Você tão igual a ela mas tão mais humana e real. E você foi parando de dizer que me amava, bem aos poucos. Dizia-o agora em doses homeopáticas, até que um dia, nunca mais o disse, como se eu estivesse curado da sua paixão e não nessitasse mais dele. Não dizia mais em palavras e nem em gestos simples, como um como um olhar bobo ao acordar ou um toque suave sobre as minhas mãos quando próximas as suas. Talvez você tenha se cansado querida, e deixado para que eu pudesse subtender o seu amor em outras maneiras de demonstrá-lo. Era isso que eu não vi?

Assim eu quero acreditar Sophie, acreditar que você preferiu não dizê-lo mais por simplesmente saber que eu tinha total certeza do seu amor, certeza que não precisava de palavras para saber que ele existia entre nós. Sophie, assim foi a minha mãe um dia, sabia?. Ela simplesmente parou de dizer "eu te amo" nos gestos que acreditávamos serem sinceros assim como você se cansou um dia, e nos abandonou. Não Sophie, você não me abandonou como ela, porque ela apenas nos deixou largados em casa esperando pela sua volta, ano após ano, até que a nossa esperança desaparecesse. Não Sophie, o seu abandono foi o mais terrível e doloroso de todos os abandonos. Era ainda você ali ao meu lado na cama ouvindo Gardel, sorrindo e se despreguiçando enquanto eu a olhava com amor e que estes teus olhos verdes que eu sabia tão bem o que significavam não conseguiam refletir o meu olhar. Tão distante de mim por estar tão perto, assim como Marta dos meus abraços e dos meus beijos, tão fria quando o chão em que costumávamos nos deitar para ouvir aquelas declarações absurdas de amor, contida em qualquer canção. Só você, sozinha na sala ao lado da vitrola, olhando para além daquelas paredes vermelhas, além de mim ali, além de tudo.Não era mais você Sophie, porque você Sophie, me abandonou ali sozinho naquela casa com uma estranha que não sabia o quanto eu a amava

Você disse assim “Preciso ir embora de você. Não daqui, desta casa, mas de você. Compreende?”. E eu te olhando, fixamente, procurando me encontrar deitado numa cama e dizer a mim mesmo que eu precisava acordar porque eu poderia ficar preso áquele pesadelo para sempre. Mas não, eu não me encontrei em nenhuma cama, meus olhos estavam abertos, inchados de lágrimas. E você ainda dizia “Ando confusa demais com você. Acho que meu amor se esgotou, entende? Não que eu não te ame mais, mas não sei onde, ou porquê, te amar. Eu sinto o mesmo vindo de você, de uma maneira tão grande, que me engole. E eu não consigo me sentir DENTRO de você, me sinto fora, entende?" Eu chorando, sem ter o que dizer, com aquele “eu te amo” calado na minha garganta que forçava um grito. Você pegando as suas coisas, enquanto eu a observava calado, revendo todas as cenas dessa nossa história em cada segundo em que, eu poderia ter lhe dito tudo o que eu deveria ter dito em todas aquelas horas, em todos aqueles dias, contornando novamente o teu corpo assim como eu fazia com o de Marta, através daquele seu vestido vermelho, como todos eram afinal para mim. Mas você tinha razão Sophie, não era você que estava dentro de mim. Eu Édipo cego de amor com mãos tão sujas que te tocavam Sophie, mas que só tocavam aquilo que eu acreditava ser Marta, ali no seu corpo, assim como meu pai, que procurava em Júlia tudo o que Marta lhe significava. Lembra, eu te pedi mais uma chance e você negou-a. Então eu lhe pedi o seu corpo pela última vez Sophie, e eu jurei para mim e para você que era o teu corpo que eu tocaria, era você que eu teria dentro de mim. E você permitiu tão esperançosa quanto eu de que aquilo pudesse ser verdade. Sabíamos, aquele era o nosso fim, um adeus depois e eu jogado no chão procurando as cinzas dos teus cigarros misturadas com as minhas cinzas. Eu tentando conviver com as tuas lembranças que vagariam por ali enquanto você seria de outros e eu seria apenas de você, Sophie.

Não Sophie, eu não agüentaria. Então eu sobre você, envoltos naquele meu branco tão doentio quanto o seu vermelho manchado de amor, tão absortos nessa despedida, tão absorta em se sentir dentro de mim, não percebeu minhas mãos tateando pela gaveta da mesinha de cabeceira, a procura da tua tesoura. Você se sentia feliz dentro de mim pela primeira vez enquanto uma das minhas mãos segurava o teu pescoço e a outra abria a tesoura, mostrando contra a luz aquele fio tão afiado. Você sorrindo, gritando que me amava, e eu ali, a tesoura contra o teu pescoço, você sorrindo pálida, a cor do teu vermelho sobre o a cor do meu branco, a tua cor prevalecendo como os teus sorrisos e as lembranças de todas as cores vermelhas de Marta. Estirada crua como sempre sobre a minha cama, sorrindo tão branca como o resto do branco que ainda existia naquele quarto, aquele vazio dentro de mim prevalecendo agora sobre a tua cor, você ficaria para sempre ali onde jamais deveria sair.Para sempre ao meu lado Sophie.Malditos sejam estes que nos tenham separado.Esse seu amante galã dos anos 50, o meu pai e essa tua dúvida sobre esse meu amor, esse maldito amor, mais maldito do que qualquer outra coisa. Duas partes do meu amor, que eram uma apenas.

Compreende Sophie?
Compreende Marta?
Compreendam assim como eu compreendi o adeus de ambas.E agora estou aqui, sanatório, me disseram, não sei, não lembro, sinceramente tanto faz onde estou se eu estou morto. E agora sou eu, preso para sempre a esse branco doentio que me lembrará sempre dos lençoís, do sorriso de Julia, da pele de Marta, procurando qualquer traço do vermelho, minha cor favorita. Agora, refletido pela primeira vez em anos, o rosto tracejado de tempo e vendo vocês todas dentro de mim pelos meus olhos nesse reflexo da janela, um reflexo bem transparente, que as vezes acho que o que vejo são fantasmas.
Ou eu seria o fantasma?

23 comentários:

Julia disse...

Só prá iniciar: Estou completamente (mesmo) emocionada com o textos. Eu até iria dizer que é lindo, mas é injusto, é muito mais do que isso.

É intensamente triste, mas com uma beleza única.

Só prá contar, e me corrija sde estou errada: Tem alguma coisa a ver com o White Album, dos Beatles?
Não só pelos nomes, mas dá prá sentir uma Dear Prudence na Júlia e uma Sexy Sadie na Sophie.
Claro, além da cor branca sempre tão discutida.

Qualquer comentário que eu faça, ia ser injusto, porque não tenho palavras prá elogiar.


Lindo, e parabéns

Julia disse...

E para não esquecer

Nunca uma epígrafe caiu tão bem em um conto, de qualquer outra pessoa, como esta epígrafe

Marcelo Mayer disse...

eu vejo Yer Blues, dos beatles no white album, neste texto

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

eu lembrei profundamente de uma pessoa...

Nanda disse...

uau.

Anônimo disse...

é sério que vc consegue ver beleza no trânsito? sério? me ensina... please

Phalador disse...

Oiee!!

Brigado pela visita.

Mecânicos são complicados..rs. Pelo menos gostou do curta! que bom.

ainda não li seu texto, como é um pouco grande vou ler com mais calma! Aí sim comento.

Por enquanto vou ficar nos agradecimentos.

bjs!

Juliano disse...

Sinceramente, eu não tenho nem palavras para comentar, esse amor maternal que a gente perde, sempre vamos buscar em outros corpos, o perdão foi muito bem colocado.!

De fato o que eu escrevesse aqui, não ia definir o que eu senti lendo o seu texto.

Parabéns de coração.

Beijooos

Márcia disse...

grande né ?JAFUAHFU, mas perfeito demais olha,

Anônimo disse...

digno, confesso.

Eri disse...

o título me lembrou logo white stripes...deixa eu disser: vc é ótima escritora...
quero ir num lançamento de algum livro teu

Maria Midlej disse...

Como estou sem palavras, roubo algumas pra dizer -tentar- tudo o que se passou em mim ao ler isso aqui.

''Eu até iria dizer que é lindo, mas é injusto, é muito mais do que isso.''...


''De fato o que eu escrevesse aqui, não ia definir o que eu senti lendo o seu texto.''

...

. disse...

uau

Anônimo disse...

nossa, amei amei mesmo. parei de respirar por um segundo .


:* linda

Hugo de Oliveira disse...

Gostei muito do seu blogl...viu. Os textos aqui encontrados são ótimos.
Vou te linkar ao meu blog...e voltarei aqui outras vezes.

abraços

Hugo

Adriana Gehlen disse...

mas tu escreve, hein katrinis!

(bah, vou ter que te dar meu n° de celular.... hehe - por depoimento quando entrar no orCu)
haha
besos, bella escritora

Adriana Gehlen disse...

aaah. o némero é pra me avisar de uma ocasional entrevista ou materia sobre o nosso homem em havana :)

Erica Vittorazzi disse...

Katrina, nossa!!!! O seu texto é forte assim como o seu nome, seus olhos... mas a tristeza não sei da onde vem.

.maria. disse...

instituições consagradas... sagradas. nem o matricídio soluciona. muito legal seu texto, muito diálogo, polifonia, muita gente dentro da boca de um só.

Não importa disse...

Acho massa escritores que conseguem entrar tão profundamente dentro de si e criar um personagem tão complexo.

Muito intenso. Achei engraçado que todo mundo se emocionou e associou algum detalhe da história a um álbum, banda, música... Eu lembrei de Nelson Rodrigues, não sei pq. Nunca li nada dele. =P

John Rômulo disse...

Um tema cascudo,um texto deste TAMANHO "......"
e um texto que faz um bem encarar!
Estou emcionado com o que li e mais ainda com o seu talento!
Minha bela garota,talentosa!
Parabéns!

Daiana Costa disse...

'A tristeza não sei de onde vem.'

Essa coisa de tristeza encanta. E não a necessidade em tê-la ao coração.
Lembra-me Byron.

Tu tens ossos fortes para fazer um belo livro. Vai fundo que essa é tua praia.

(: