20 de julho de 2009
É quase meia noite e num bar onde alguns músicos muito bem intencionados tocam algum blues desconhecido & onde desconhecidos se afogam em seus suscintos jack's daniels, a saudades me tira para dançar,
Mc Coy Tyner contemplando com seus olhos de cão faminto
os movimentos do meu corpo em direção ao seu abraço, aquele perdido na calçada em frente ao metrô
ou aquele tão tímido e forte de desejo, escondido entre copos e mais copos de cerveja despedaçado no coração pornográfico de São Paulo.
O corpo, carne que se debate em meio ao frio da madrugada
por ruas e ruas
em caminhos que se diferem dos teus
procura no calor de um abraço
a fuga da ausência.
Sorrio, sou mais uma garota disfarçando algo explicíto
[como se uma manada de elefantes se quisessem ser pássaros.]
Reserve um lugar em seu peito onde eu possa me afogar
que eu lhe reservarei um lugar nos meus sonhos onde você jamais irá partir.
Mas amanhã é Inverno, eu sei
não estaremos até o final para compartilhá-lo.
Em suas mãos se encontram todos os carinhos
dos quais meu corpo necessita & pede & se entrega
na esperança de receber de outrem
em seus beijos sei que haverá um pouco dos meus
(sabor de cigarro e de saudades)
Mas por agora
afora isso
pulsas furioso dentro do meu peito,
corpo que se aquece a cada certeza de encontro.
domingo, 21 de junho de 2009
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4 comentários:
...me arranja um lugar perto da janela, um copo de qualquer coisa quente e um cinzeiro... A noite tá começando!
lindo isso aqui!
li e lembrei de maiakovsk e de ginsberg e senti toda essa coisa profunda que a gente sente quando lÊ tudo isso...
"coração pornográfico de São Paulo"
Não me lembro de ler uma descrição mais perfeita!
Deu até calafrio!
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