I want to talk about you
Algumas imagens paralizantes e atordoantes & eu acordo e me vejo esparramada em uma cama com uma caixa de lucky strikes aberta e eu sei que é inútil ficar tentando não fumar, é algo mais do que espontâneo é algo mais do que essencial & é algo mais do que necessário para que eu possa dizer que a minha vida não foi assim tão patética e de fato não é porque, vejam bem, me ouçam bem, patético é fugir do inevitável é controlar os sorrisos ao pensar em alguém que te espera é repetir horas e horas no espelho para aquela imagem de alguém que é de fato patético que isso um dia ia acontecer , então, melhor deixar de fumar de uma vez, tentar alguma vez segurar os dedos para que eles não escrevam nenhum nome nos vidros úmidos e nos vidros empoeirados dos ônibus [dessa poeira que eu deveria espanar dentro de mim, de velhos sentimentos e velhos medos], patético é isso, e aos patéticos, aos mais do que patéticos eu aconselho que fumem demasiadamente porque de uma maneira ou de outra iremos morrer de câncer [ a velhice é um cancêr de uma juventude perdida]
Entrego os meus lábios aos meus lucky strikes, mas entrego mais do que isso. Entrego sonhos embalados por Mingus, Blakey, Silver e Coltrane que deslizam macios por entre as notas suaves, batidas de sax, sopros de pianos,
os lençóis da minha cama.
[ Guardei o resto dos meus sonhos com o que restou dos cigarros, comprei nossas passagens & vou esperar por você.
Blue Train, New Orleans]
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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4 comentários:
Realmente um lixo de texto. Parabéns!
Ah, eu não gostei de uma coisa sua descrição - uma quase escritora fracassada. Porque quase escritora? Porque fracassada? É isso que realmente quer? Se não for, corra atrás do que VOCE deseja.
Não deixe a vida te levar!
Um abraço, Eloisa.
Eu sou mais do que patética.
Sou patética e não-fumante.
Seus textos me dizem, entre outras coisas, que eu ainda não venci, ainda desejo meu carlton vermelho.
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