Não sei traduzir o porque ou como de ainda enxergar você no meio de tanta luz e prédios vestidos de preto, escondidos na noite daquela cidade imensa e silenciosa apesar dos carros e todas aquelas pessoas tão solitárias quanto eu ou você.
Como eu queria que tivesse me deixado te levar para o meu lugar de saudade e que tivesse vivido um pouco mais desta noite comigo. Parte minha, vida, que queria ter te apresentando pessoalmente depois de algumas longas conversas e cigarros e doses de qualquer coisa que me deixe distante do que sou.
Te levaria aos meus sonhos mais vazios que ficaram por lá e tudo que construi de mais sólido. Teria te ensinado a viver e entender aquela dança de luzes brancas e vermelhas tão confusas, tão simples que você já deve ter se esquecido, certamente.
Apresentaria o meu passado, o que eu fui e o que eu conheço que não está tão perto. Assim como você, mais longe do que eu gostaria e mais perto do que eu possa prever. Você que eu não conheço tanto ou quase nada,ou que conheço tanto e que conheço mais do que qualquer outra pessoa.
Foi tudo tão rápido que você nem levou algo deste pretérito com você, nem ao menos alcançou o que ele carrega de belo e também frágil. Se na sua memória ficou algum filme antigo em preto e branco, talvez na minha ainda seja o último filme em cartaz:
Para se perder no abismo que é pensar e sentir.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
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3 comentários:
é o amor pelo vazio sob os pés.
ultimo filme em cartaz é ótimo, mas tenhos uns 2 filmes no momento.
um preferencial, o outro eu vejo depois. se der tempo...
sabe como é. mas se o primeiro for bom, nem 'assisto' o outro.
Pior é o abismo entre o sentir e a realidade...
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