Otto Lara Rezende
"Tem isqueiro?"
"Tenho, só um instante"
"Que horas são moça?"
"8:40. Vem cá, deixo acender para você o cigarro"
"Engraçado né, os fumantes são um povo unido. A gente nega tudo, menos isqueiro e fósforo pro próximo"
"É coisa de paulista, você viaja prá outros estados e não rola isso naturalmente, isso de você pedir e eu te oferecer com um sorriso, sem ser cantada ou coisa do tipo. Eu morei um tempo no Rio Grande do Sul, eram poucos os que cediam o isqueiro sem te olhar com a cara feia, como se fumar fosse errado"
"Coisa de paulista"
"É, por isso acho que o Otto Lara Rezende disse besteira"
"Esse Otto aí disse o quê?"
"Ah, ele disse que o mineiro só é solidário no câncer. Mas é porque ele nunca pediu um isqueiro prá um paulista"
7 comentários:
Tempão que você não nos blogueamos! Eu sempre me surpreendo quando venho aqui. Deveria postar mais e mais e mais.
Gostei do seu blog! Um comentário seu em um determinado Blog me chamou atenção e me trouxe até aqui!
Te seguindo!!
Beijos!!
ou de um carioca!
rsrs
oi, katrina,
seja bem vinda ao benditas.
uma curiosidade: quem é glauco mattoso?
bjsmeus
desculpe minha ignorância, agora já sei... vivendo e aprendendo.
que maravilha! =)
bjs.
Não concordo que seja somente de paulistas.. rs
Mas sim, curti isso aqui..
Gostei mesmo da forma que escreve tdo..
Parabéns!
"O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença."
Otto Lara Resende, 23 de fevereiro de 1992.
Deixo acender não existe, e não soou como liberdades de linguagem...
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