e da caneta que falha
os pensamentos
e aquele verso perfeito
em azul escuro azul claro azul nada
ou do barulho do papel
ao ser amassado
rasgando o ar em frações de segundo
ao ser arremessado contra um cesto
e não o acertar.
Eu pensava que que não se faziam canetas
como antigamente
mas na verdade
o que não se fazem mais
são poetas.
7 comentários:
Que lindo isso, parabéns!
lindo Katrina. tristes verdades ditas.
uma linda sexta-feira santa pra vc.
na verdade
não se fazem,
pois o antigamente
ficou lá
no antigamente,
dado que o poeta
escreve seu tempo,
então, os de hoje,
falam das coisas
de hoje, e sempre...
se são melhores
ou piores
na escrevência
do dia a dia,
é porque
o cotidiano
é breve
como uma rima leve
que ningém nota...
Beijo.
Prefiro o papel pardo com nanquim às bics ou teclas. Ou prefiro os poetas, do jeito que vieram =)
Antigamente, muita coisa não falhava: a memória, por exemplo; a benção da partida e da chegada; e os versos que só se escrevem nos ares.
Abraços1
Também sinto falta dos papéis e das canetas, de sentir no traçado da letra o que o poeta quer expressar.
Adorei
a caneta que falha é a metalinguagem do pensamento
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