domingo, 15 de junho de 2008
Cinzas da noite
Flores se consumindo em sombras e sumindo além das nossas ambições que viram cinzas a cada cair solitário da noite sem ruído e sem movimento, silenciosa como a morte e triste como nossa vida, uma noite assim feita apenas para os desesperados decadentes que sentem prazer entre maços de cigarros e vodkas e lembranças que os fazem beber mais e fumar mais até não sentirem mais o amargo sabor da frustração em seus lábios,que procuram em uma romaria desiludida pelas ruas mal iluminadas e sujas da cidade(qualquer cidade) por alguém que lhes possa oferecer o sexo como um cálice transbordando de vinho(qualquer sexo), que rasgam suas almas em caminhos de utopias medíocres e inúteis e tolas como todos em sua visão de si mesmos ao longo de suas tão medíocres e inúteis e tolas vidas, que dão seus primeiros de muitos passos em direção ao abismo que é não saberem quem são de verdade e viverem e caminharem em mentiras.E as flores continuam se consumindo em sombras num maldito círculo vicioso até se tornarem mero resto de cinzas de uma noite que não queima mais.
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8 comentários:
preciso queimar
preciso de taças de vinho derramando pela borda.
eu não bebo vodka.
Eu evito a vodka, mas é impossível evitar o gosto da cidade e a sede, sede de ver o cálice transbordar.
Mais que DEPRIMENTE... interessante!!!! A propósito, valeu pela visita, volte quando der tá???
Grande Abraço
Pelo jeito não foram apenas as flores que se consumiram.
Obrigada pela visita ;)
Que lindo!Forte e genial seu texto,menina!Muito pessimista,isso é verdade,mas bem detalhado e descrito como poucos que tenho lido na nossa blogsfera...bjosss
Cru e amargo
como toda derrota
Amiga poeta foda *-*
De pequena poça fiz um universo
Feito de sete estrelas do mar
Murmurou-me um búzio ao ouvido
O rumo para te encontrar
Bom fim de semana
Mágico beijo
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