pelos lábios sob o pergaminho da noite,
fração de lágrima desenfreada que desce
uma curvaaté colidir com o que há de mais belo & mais morto.
Você deita-se sobre o silêncio
de mil agulhas
que se afundam na minha pele
de mentecapto
no vazio
de alguma mentira
jamais inventada pelo homem
(que nunca fui)
Preciso me desintoxicar das palavras.
9 comentários:
Simplesmente sua melhor postagem!
a linguagem é um eterno problema nos intervalos em que não lemos poemas assim.
Jogue seus textos no meu lixo... quisera eu escrever assim! Encantado com seus versos, virei leitor assíduo. Abs.
concretismo acidental ou pensado?
Pra lixo, está mais que impróprio - é poema dos bons, Katrina.
Beijo.
e me embriagar de ferrugem metal. adoro a perfuração do lirismo mal comportado
Adorei esta parte:
"fração de lágrima desenfreada que desce
uma curva
até colidir com o que há de mais belo & mais morto."
Você usa suas palavras de um jeito bem contemporâneo e vanguardista. Isso é difícil. E você o faz muito bem feito.
Parabéns!
você viaja tão bonito que até parece que deu uma testada no monitor e ficou estampado o que tava na sua cabeça.
chique.
WoW!
Grande texto!
Palavras na pota da língua. Domínio e luxo.
Excelente, Katrina.
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