segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Hortelã, sabor menta(lizar)

Sentimenta (lismo)
sabor hortelã
R$ 0,10 ali na esquina.
Na lingua resta um pedacinho de aflição
áspera como calçada
(das que você anda
de olhos fechados)
entre um dente e outro.
Sinto pena
por nada
(nem a escova de dentes)
a alcançar.

Nesse copo em que bebe desesperada (na mente)
meta linguagem
e reflita
alguma luz.

Eu te (des)espero.

12 comentários:

Junker disse...

Ah garota... coloca num papel e vende por aí!

Maria Rita disse...

Adoro suas escritas inteligentes, por isso sempre volto.

Beijos pra Ti

2edoissao5 disse...

...eu tambem (des)espero.
beijo!

Jorge Pimenta disse...

poetizar o real é dos movimentos artísticos que mais me seduzem. talvez por ter tão pouca habilidade em fazê-lo.
texto vigoroso, onde as questões sociais são o mote para encontros e desencontros de língua e em língua (a imagem "na lingua resta um pedacinho de aflição" é genial).
bravo!
um abraço!

Babi Vieira disse...

Inspirador!

Eu tenho dias de Goldmund.

Isadora P. disse...
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Ana disse...

Bem interessante o manuseear das palavras...Parabéns!

Roberto B. disse...

primeiro venho agradecer a sua visita e seu comentário em meu blog e segundo eu devo dizer que gostei do seu espaço, belo uso da palavra e poesia!

continue assim.

obrigado e volte sempre.

um beijo.

deh. disse...

Nossa, o que falar? 0 que falar?

Sumiram as palavras. Restou apenas a admiraçao e um queixo caído.

Beijo grande, flor.

Anônimo disse...

bem bom esse jogo de linguagem.

Anônimo disse...

bem bom esse jogo de linguagem.

nydia bonetti disse...

Tua poesia é muito boa! Como não te vi antes? Abraço!