Que fosse um samba qualquer, que fosse um adeus qualquer, que fosse sim um amor qualquer. Mas não fora qualquer e, é , eu sei agora por essas ruas e por essa escuridão e por todos esses rostos que me olham despercebidamente tentando entender o porquê dessas lágrimas numa madrugada, mas ah, fodam-se, estão mais bêbados do que eu e então eu até acho que estou paranóica em achar que eles sabem o que é amar, o que é chorar por um amor distante em quilômetros(e perto demais do coração) mas chorar de felicidade e imensa falta e porque, há tanta coisa bela que eu queria que os olhos dele, e os meus junto aos dele, vissem, mas os outros não sabem disso
[ porque eles só sabem beber, fumar & comerem o primeiro rabo que lhes é ofertado.]
Que fosse sim, mais um samba, em prelúdio, em interlúdio, mas que fosse qualquer, que não fosse essa letra saída do dedilhado de um violão desafinado(mas ele também tem um coração meu amor), que fosse uma benção, que fosse belo e que não tivesse fim como a felicidade, mas acontece que eu preciso voltar para casa porque a noite está fria, acontece que o meu coração ficou frio e a coisa mais triste que existe é quando o amor se desfaz
[mas o que se desfaz é a tristeza porque eu mandei a minha saudade tocar você].
Mas que seja um samba, já que não será mais do que isso & é maior do que isso,
é maior que
qualquer coisa
é maior que
o meu peito
é maior,
é maior do qualquer coisa e
a gente só pode ouvir uma vez
essa canção que de nós nasceu.
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* Noel Rosa
corpo duna
Há 2 semanas