Sus ojos se cerraron
Y el mundo sigue andando
su boca que era mia
ya no me besa mas
Se apagaron los ecos
de su reir sonoro
Y es cruel este silencio
que me hace tanto mal...
(Carlos Gardel - Sus ojos se cerraron)
.
Deslizo sobre teu corpo enquanto Gardel chora por sua Buenos Aires convalescente, e os teus olhos encontram os meus lábios que encontram em suas pernas algum resto de tango. Velhos jornais com o rosto de Péron estampado amargurado em suas páginas anunciam o nosso amanhã que é tão breve quanto esta madrugada. Sussuro quase aos gritos de tão suaves e surdos que você mal pode compreender o quanto há de você em minha voz nesse silêncio que não consegue calar as vozes das mães da praça de maio, que clamam por seus filhos que estão muito além destas janelas, fechadas para todos os jogos propostos por Cortázar.
24 comentários:
Estou nessa praça, eu sei, eu posso ver. Preciso movimentar...
O movimento é sensual demais para alguém tão sem coragem como eu.
Conversa? Em quatro versos, ou prosa simples? rs
Aiiiiii recolho-me à minha ignorância não por conhecer nenhum dos nomes citados.
Silêncio!
Adoro suas danças. Queria saber dançar assim, dançando mesmo e com as palavras.
A-DO-REI isso aqui!
Menina, você é estupenda!
Belo texto.
Beijos
Muito bom mesmo. Parabéns. Beijos.
"Sussuro quase aos gritos de tão suaves e surdos que você mal pode compreender o quanto há de você em minha voz..."
Foi de longe uma das coisas mais lindas que já li, uma declaração de presença, de importância. Adorei!!!
Beijos
Hum... vamos dançar... Pra lá e pra cá...
Adorei!
Quando eu fui pra Buenos Aires tinha um Carlos Gardel no Caminito, com um violão e tocando pro povo. Todo mundo parava pra ele.
Olá, antes de mais nada, parabéns pelo blog!
E por acha-lo de muito bom gosto é que o/a convido a vir conhecer a proposta do meu Blog para você.
Aguado sua visita!
Forte abraço!
Karina
Esse ano acho que conhecerei Buenos Aires.
Beijoss
um tango pra chorar :*
Deu prá ver a dança, Katrina.
Parei ali, na imagem dos olhos na boca. La passion
Adoro a forma sua de conceituar mundo, bem cronista és!
abraço e fique bem, sumida!
Uma delicia sempre seu blog.
os narradores-observadores se abstém de qqer vulgar sofrimento.
gostei do teu estilo;)
Leia Mia Couto.
Aqui o se7e/5 vai oferecer-lhe um comentário útil e não essa merdice de favor que essa gentinha espalha por aí. Será que você merece? É uma dúvida fodida, mas, aqui o se7e/5 vai mudar seu pensamento, vai ativar seu cérebro. Se não sentir qualquer mudança, é porque seus últimos neurônios já eram.
Muito lindinho, mas inconsequente. Sem aquela profundidade útil. Apenas mais do mesmo. Aqui o se7e/5, vai mais longe, pretende espicaçar vossos neurônios preguiçosos. Aqui o se7e/5, vai mais longe, pretende espicaçar vossos neurônios preguiçosos. Abrir vossa fé de alto abaixo. Obrigar-vos a revelar o que de muito útil existe em você, caro lindão. A lindona também não é de deitar fora; muito lindinha mesmo. Bem, mas vamos ao que interessa:
“A cultura é uma merda cansativa. Ter de saber tudo ou, pelo menos, mais do que os outros, não deixar cair a “pena”, manter a noção do texto corrigido antes de o escrever. Estar permanente sóbrio num estado de embriaguez, quando apetece vomitar sobre os intelectuais de novela da hora nobre. E em nós também. Por que não suportar propostas políticas aliciantes, intelectuais e corrupção?
Ao serviço do poder, do partido, dos lados ou das cores; qualquer desculpa serve o propósito. E a cultura é apátrida! E conservar a imagem de personalidade do ano, como tias “estafermadas” sem corpo, sem neurônios, sem vergonha na plástica e a cultura que se foda! Estes intelectuais transpiram diferença e indiferença, inspiram o oxigênio do euros, dólares e reais e a expiração tem o curto prazo de um governo eleito. Sem tempo para respirar, porque a cultura é asfixiante , porque ler um livro não basta, nem milhões de livros garantem uma cultura de se lhe tirar o chapéu. Uma chapelada. Não há tempo para respirar cultura! Apenas se aguarda uma cajadada no lombo porque o pastor se aproxima para escolher uma ovelha ranhosa para o sacrifício. As ovelhas ranhosas são perigosas, tal como as ovelhas brancas em rebanhos de ovelhas negras. As negras também se abatem mas, antes da prática carniceira, são discriminadas.
Não há ovelhas negras em governos Brasileiros. Talvez haja. Jogados a um canto escuro a coberto da noite, onde permanecem até a aparição servir uma conveniência branca. Tal como qualquer outro rebanho. Tal como as tias e descrentes que se movem em espaços virtuais, pastando como ovelhas negras, frequentando círculos próprios onde se isolam em divagações de alta sociedade, cuspindo disparates que os fazem dormir mal e acordar pior.
A cultura do sec.XXI é uma mescla de economia global, política dominante e apropriação intelectual ao serviço da proliferação da miséria e sofrimento, como factores de revitalização permanente dos esgotamentos evolutivos periódicos. Correr sem sair do lugar. O conhecimento corrompido, a cultura de almanaque, jornal desportivo e leitura alcoviteira do jet-set, remete para o conhecimento desenraizado do progresso democrático sob a égide de um Estado de Direito, mas sem qualquer ética como regra.
O fantoche intelectual é uma realidade que descansa na palma da mão e se equilibra no dedo acusador dos oportunistas sem escrúpulos, os poderosos, com objectivos de domínio global. A força dos dedos médios em riste, firmes. São estes fantoches que anestesiam e embalam as massas, mantendo-as desfocadas da realidade. Quando a dor se revela, esses intelectuais “blogosferam-se”; fogem para a lixeira inconsequente dos desabafos indignos.”
Isto é a BLOGOSFERA, na qual todos vós chafurdais, como porcos num chiqueiro. Se aqui o se7e/5 estiver errado, provem!
O quanto há de vc na minha voz... Adorei... adorei sua comparações e citações... Muito bom!
Bjs
A dança...
belo texto!
beijos
Putz... adoro Carlos Gardel...
Eu tô passando hoje mais pra avisar que o meu outro blog Insônia Registrada teve a conta roubada então tive que criar outro endereço pra continuar...
http://lilianalcantara.blogspot.com/
taí...
valeu
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