Observo o nada
mas é o nada
que me observa.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Fio de memória
2010 chegando galere \o. Então, para finalizar o ano de 2009 que, para muitos foi maravilhoso, para outros foi péssimo e para tantos outros como eu, foi bem meia boca, estaremos nessa semana no puteiro mais limpinho do mundo virtual, o desce mais um, fazendo uma ode ao ano que se aproxima.
Que prá vocês ele tenha em dobro todas as coisinhas maravilhosas que lhes aconteceram em 2009. E que não seja apenas neste ano, porque não desejar isso a longa data?
E que a cerveja nunca acabe \o
Que prá vocês ele tenha em dobro todas as coisinhas maravilhosas que lhes aconteceram em 2009. E que não seja apenas neste ano, porque não desejar isso a longa data?
E que a cerveja nunca acabe \o
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Apenas minha imaginação
Me desfaço em seu corpo e dentro de você vou me encontrando e procurando com muita calma esses pedaços que ainda faltam, procurando com tamanha calma na esperança de adiar o amanhecer.
Contorno o seu rosto e contorno o meu, e se há algum sorriso no meu eu desenho nos teus lábios e se há um sorriso nos teus lábios eu desenho uma suave gargalhada vinda dos meus, tão gostosa e tão sincera por ver um sinal de felicidade em você provocada por mim. Guardo com tamanho cuidado, como faço com os nossos cd's que contém todas as nossas canções, todos os "eu te amo" pronunciados por você e que são mais e tão mais preciosos que as canções sussurradas ao pé do ouvido que se espalham por minha casa. Me refugio em seu peito tentando estar ali dentro do seu coração e fazê-lo bater junto com o meu, num só compasso, até que eles se fundam em um só ritmo.
Mas o dia amanhece, mais uma vez eu sei que foi inútil tentar adiar, eu nunca consigo isso afinal das contas. Vejo os lençóis desarrumados e os travesseiros fora do lugar, mas não encontro você ao meu lado. Ando pela casa, invado ávida o banheiro naquela esperança tola e desesperada de te encontrar ali tirando de você o que restou de mim, mas você não está lá, assim como nunca esteve na minha cama.
Te vejo através da janela e você nem sabe que eu existo.
Contorno o seu rosto e contorno o meu, e se há algum sorriso no meu eu desenho nos teus lábios e se há um sorriso nos teus lábios eu desenho uma suave gargalhada vinda dos meus, tão gostosa e tão sincera por ver um sinal de felicidade em você provocada por mim. Guardo com tamanho cuidado, como faço com os nossos cd's que contém todas as nossas canções, todos os "eu te amo" pronunciados por você e que são mais e tão mais preciosos que as canções sussurradas ao pé do ouvido que se espalham por minha casa. Me refugio em seu peito tentando estar ali dentro do seu coração e fazê-lo bater junto com o meu, num só compasso, até que eles se fundam em um só ritmo.
Mas o dia amanhece, mais uma vez eu sei que foi inútil tentar adiar, eu nunca consigo isso afinal das contas. Vejo os lençóis desarrumados e os travesseiros fora do lugar, mas não encontro você ao meu lado. Ando pela casa, invado ávida o banheiro naquela esperança tola e desesperada de te encontrar ali tirando de você o que restou de mim, mas você não está lá, assim como nunca esteve na minha cama.
Te vejo através da janela e você nem sabe que eu existo.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Último Natal
Semana natalina, com presenças garantidas de Papai Noel e o Espírito Natalino, lá no puteiro mais adorável e limpinho do mundo virtual, o desce mais um.
Sem mais, como sempre, obrigada a todos os nossos amáveis bêbados. Papai noel ama muito cada um de vocês, e eu também
(afinal, o VINHO DA CEIA DE NATAL TEM PODER!)
Enfim, vou ficar sumidinha aqui, por algum tempo, acho.
Sem mais, como sempre, obrigada a todos os nossos amáveis bêbados. Papai noel ama muito cada um de vocês, e eu também
(afinal, o VINHO DA CEIA DE NATAL TEM PODER!)
Enfim, vou ficar sumidinha aqui, por algum tempo, acho.
sábado, 19 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Carnaval fora d'época.
Tentei ser poesia
menina comportada num poema.
Mas você
me tornou carnaval fora de época
incabível em qualquer verso
das marchinhas
cantadas ao pé do ouvido
puladas na ponta dos pés.
menina comportada num poema.
Mas você
me tornou carnaval fora de época
incabível em qualquer verso
das marchinhas
cantadas ao pé do ouvido
puladas na ponta dos pés.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
31 dias.
Me perco entre os seus olhos e seus óculos inevitavelmente caem enquanto me encontro entre seus lábios, num sorriso que já não lhe pertecence por ser tão meu que já tomo posse, roubando todos os beijos como se desde sempre já me pertencessem. Demonstro meu imenso egoísmo ao não lhe deixar com as horas, lhe guardo no espaço apertado do meu peito para que não consiga mais escapar, onde eu possa estar com você mesmo quando a distância insistir em me lembrar da sua existência da pior maneira que existe, sentindo a falta de cada pedaço indecifrável de nossos corpos juntos por todos os lugares.
E dizer qualquer "te amo" desde sempre, não comporta de fato exatamente tudo isso que sentimos. Mas na falta de uma frase que precise isso, continuarei a lhe dizer isso, todos os dias, a cada instante, eternamente enquanto dure.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Sob as dobras do seu corpo
Que Deus nos perdoe, a semana mais pecaminosa de todas, no desce mais um.
Culpa dos bêbados do nosso puteiro, que escolheram justo os sete pecados capitais.
Enfim, como sempre, quero agradecer a todos vocês que nos lêem e nos acompanham. Parte do tesão que temos ao escrever, provêm de vocês.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
1985
Em 1985 apostei minha vida
mas menti no valor.
Pelo menos, meu coração saiu intacto.
Em 1985, Orwell provou que era verdade
linha por linha
enquanto dançávamos algum bolero com a ajuda de Torville e Dean*
e era tão triste
perder aos poucos 1985
Então Deus está morto, como Nietzsche já disse
agora só nos resta acreditar nas supertições
enquanto tudo tende a nos atacar.
Estamos fugindo, não sabemos para onde
estamos fugindo, e não sabemos se vamos voltar.
Em 1985, a guerra civil falhou porquê?
Todos escondem as cicatrizes, as marcas de balas,
mas ninguém consegue suavizar as palavras.
Em 1985 minhas palavras vieram vivas
meus amigos foram feitos para a vida
Morrissey e Marr me deram alguma chance
em alguma canção em 1985.
Então Deus está morto, Nietzsche já dizia
com apenas 16 anos de idade, ele disse.
Vejo todas as lágrimas, de todos esses mortos que insistem em caminhar
Você tem 20 anos em 1985
amanhã não vai querer mais saber do tempo,
vai tentar fugir dele.
*Torville e Dean - Casal de dançarinos britânicos famosos nos anos 80.
Meme criado pela Julia.
Pede-se que escolha uma música de sua banda favorita e a traduza como a entenda, sem fugir de sua estrutura e do que ela realmente fala. No caso, escolhi 1985, dos Manic Street Preachers. A canção foi escrita em 2005, no aniversário de 40 anos do vocalista, lamentando ter perdido tantas coisas aos 20 anos, sentido a falta de cada uma dela, durante os 20 anos seguintes.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Fragmento
Lembrou-se.
Aquela face silenciosa, como haveria de esquecer algo tão sublime?
Um pensamento que jamais mudava e persistia numa mentira estúpida cotidiana. Sim, ele se fora, ela não.
Ela seria a mesma, a poeta que transformava cada traço de sua vida mal escrita em versos, um poema que nunca lhe pertenceria. Exorcisava todos os demônios com sua pureza e
seu velho sorriso quebrou-se, frente a tela de plasma com o sorriso dela eternizado em pixels. A voz suave a recitar aqueles poemas guardados em pastas, palavras que lhe resgatavam de uma realidade absurdamente solitária, faziam com que uma ideia crescente tomasse forma, carne embebida em sonhos.
Sabia que ela ainda morava no mesmo apartamento, da mesma rua onde se despediram pela última vez, olhos implorando por mais uma chance, os lábios fazendo o contrário, ela lhe dizendo sobre as feridas, ele mostrando as armas. Quanto tempo? Desnecessário medi-lo. O coração, sempre ele, possui seus próprios ponteiros.
Vestiu sua camisa favorita, pegou o casaco e saiu de casa sem fechar a porta.
O que roubariam? Quando lhe roubam a alma, qualquer coisa se torna amiúde.
Andando pelas ruas imundas, ele era imundo e não se importava mais com isso, a casa era limpa demais, mania contraditoria por limpeza, somente papéis brancos espalhados pelo chão e algumas cinzas de cigarro, as roupas perfeitamente limpas sobre uma alma tão suja.
Não ela, ela jamais.
Sem rumo, sem pensamentos.
Apenas os sentimentos, vespas na cabeça, tiros nas entranhas.
Entrou na primeira estação de metrô que viu, ficou feliz pela bilheteria estar sem fila, não queria esperar, não poderia.
O vagão estava vazio, sim, estava lotado, mas ainda assim, sua solidão o afogava num delírio vazio de vida.
Era estranha a sensação que ainda sentia de esperá-la como quem espera o inverno através de janelas entreabertas, mesmo que ela o aquecesse como o verão em tempestades de prazer e vida, (essa coisa que ele já desconhecia para que servia) refletidos naqueles olhos que faziam todas as cores da primavera florescerem, o matando como as folhas pelo caminho feito de outono.
Ele estava entre estações e não importa em qual delas ele parasse, em nenhuma ele a encontraria dispersada em algum sorriso ou perfume.
Sentia a ausência dela dentro do seu corpo, assim como sentia a ausência de si mesmo dentro de si.
Onde ela estaria agora?
Não sabia, sentia.
Desceu algumas estações depois, sem olhar para trás. Apenas seguiu os demais que corriam em direção à saída com tamanha pressa que se esqueciam dentro dos vagões.
Aquela face silenciosa, como haveria de esquecer algo tão sublime?
Um pensamento que jamais mudava e persistia numa mentira estúpida cotidiana. Sim, ele se fora, ela não.
Ela seria a mesma, a poeta que transformava cada traço de sua vida mal escrita em versos, um poema que nunca lhe pertenceria. Exorcisava todos os demônios com sua pureza e
seu velho sorriso quebrou-se, frente a tela de plasma com o sorriso dela eternizado em pixels. A voz suave a recitar aqueles poemas guardados em pastas, palavras que lhe resgatavam de uma realidade absurdamente solitária, faziam com que uma ideia crescente tomasse forma, carne embebida em sonhos.
Sabia que ela ainda morava no mesmo apartamento, da mesma rua onde se despediram pela última vez, olhos implorando por mais uma chance, os lábios fazendo o contrário, ela lhe dizendo sobre as feridas, ele mostrando as armas. Quanto tempo? Desnecessário medi-lo. O coração, sempre ele, possui seus próprios ponteiros.
Vestiu sua camisa favorita, pegou o casaco e saiu de casa sem fechar a porta.
O que roubariam? Quando lhe roubam a alma, qualquer coisa se torna amiúde.
Andando pelas ruas imundas, ele era imundo e não se importava mais com isso, a casa era limpa demais, mania contraditoria por limpeza, somente papéis brancos espalhados pelo chão e algumas cinzas de cigarro, as roupas perfeitamente limpas sobre uma alma tão suja.
Não ela, ela jamais.
Sem rumo, sem pensamentos.
Apenas os sentimentos, vespas na cabeça, tiros nas entranhas.
Entrou na primeira estação de metrô que viu, ficou feliz pela bilheteria estar sem fila, não queria esperar, não poderia.
O vagão estava vazio, sim, estava lotado, mas ainda assim, sua solidão o afogava num delírio vazio de vida.
Era estranha a sensação que ainda sentia de esperá-la como quem espera o inverno através de janelas entreabertas, mesmo que ela o aquecesse como o verão em tempestades de prazer e vida, (essa coisa que ele já desconhecia para que servia) refletidos naqueles olhos que faziam todas as cores da primavera florescerem, o matando como as folhas pelo caminho feito de outono.
Ele estava entre estações e não importa em qual delas ele parasse, em nenhuma ele a encontraria dispersada em algum sorriso ou perfume.
Sentia a ausência dela dentro do seu corpo, assim como sentia a ausência de si mesmo dentro de si.
Onde ela estaria agora?
Não sabia, sentia.
Desceu algumas estações depois, sem olhar para trás. Apenas seguiu os demais que corriam em direção à saída com tamanha pressa que se esqueciam dentro dos vagões.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Rosa Flor Cristal.
Queridos lixeiros, andei ausente nos últimos dias, por motivo de força maior. Uma coisinha aí chamada ENEM que ferra com a vida de inúmeros estudantes desse Brasil. Vou responder os comentários recentes e comentar em todos vocês, como de praxe.
E hoje, estreio meu conto no Desce mais um, Rosa Flor Cristal. O tema escolhido pelos leitores, para essa semana, foi carta de amor a uma prostituta.
Tentei fugir do convencional, espero que gostem =]
(AAHHH, queria agradecer aos bêbados que frequentam nosso puteiro diariamente. E os que vão lá ocasionalmente. O importante é comer e sair satisfeito)
E hoje, estreio meu conto no Desce mais um, Rosa Flor Cristal. O tema escolhido pelos leitores, para essa semana, foi carta de amor a uma prostituta.
Tentei fugir do convencional, espero que gostem =]
(AAHHH, queria agradecer aos bêbados que frequentam nosso puteiro diariamente. E os que vão lá ocasionalmente. O importante é comer e sair satisfeito)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Despindo o drama
Monólogo de Aurora
Não entro em acordos com a cor que destoa dos meus saltos, a contratempo, prefiro a cor dos meus pés sujos dos lugares onde pisei delicadamente como uma manada de leões em fúria. Invento todos os dias um novo rosto, traçando um novo olhar com delineador, dias de lábios encharcados de sangue, dias de lábios com estrelas. De estrelas entendo, apesar de ser Aurora, nunca amanheci.
Tenho nos meus saltos a minha vida inteira suspensa, sem eles, sou menos do que um grão de poeira entre meus dedos. É isso, quando toco o chão com humildade, deixo de existir. Só de saltos sou Aurora, mesmo sem amanhecer, ensaio os meus raios de sol sobre a existência alheia. Não peço desculpa pela minha superioridade quando piso com a ponta dos meus saltos em alguém. Saber que eles ferem, me cicatriza.
Não espero nada a longo prazo. A longo prazo fede a mofo, mijo velho conservado para exame médico. Mas também não tenho paciência a curto prazo. A curto prazo vem forte, mas sai fraco. Perde plasticidade e ganha história, anos semi razos. Por isso, segundo meu analista, eu não amanheço. Estou vestida de drama, me escondo atrás da lua, roubo a escuridão. Um dia, quem sabe, amanheço, eu sei.
Quando me despir de todo o drama e quebrar todos os saltos, vou ser aquela que amanheceu para a verdade. Seja ela qual for.
Despindo o drama: Fotonovela estrelada por Ferdi Mendonça (foto), com fotografias de Alline Nakimura e roteiro e direções desta que vos fala. Em breve, no lixo de textos.
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Fotonovela
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Desce mais um, por gentileza?
DESCE MAIS UM
Sete pseudoescritores de blogs falidos, se reúnem uma vez por semana aqui, prá despejarem seus textinhos de merda. Toda semana, vocês, caros leitores (se existirem), podem escolher o tema do qual, nós, deveremos montar nossas histórias através de uma enquete com temas propostos por cada um de nós. Um desafio? Talvez, mas estamos dispostos a sermos ferrados por vocês, então, sintam-se a vontade e peçam o que quiserem. Aqui, quem manda nesse puteiro, são vocês.
Aproveitem a boca livre da inauguração, eu recomendo.
Segundas feiras- Eu \o/
Terças feiras - Hugo
Quartas feiras - Junker
Quintas feiras - Bernardo
Sextas feiras - Luna
Sábados - Leandro
Domingos - Rafael
Enfim, conto com a presença de vocês no nosso puteiro
Sete pseudoescritores de blogs falidos, se reúnem uma vez por semana aqui, prá despejarem seus textinhos de merda. Toda semana, vocês, caros leitores (se existirem), podem escolher o tema do qual, nós, deveremos montar nossas histórias através de uma enquete com temas propostos por cada um de nós. Um desafio? Talvez, mas estamos dispostos a sermos ferrados por vocês, então, sintam-se a vontade e peçam o que quiserem. Aqui, quem manda nesse puteiro, são vocês.
Aproveitem a boca livre da inauguração, eu recomendo.
Segundas feiras- Eu \o/
Terças feiras - Hugo
Quartas feiras - Junker
Quintas feiras - Bernardo
Sextas feiras - Luna
Sábados - Leandro
Domingos - Rafael
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