sábado, 9 de fevereiro de 2008

Hermenêutica

Cartesiana de nascença
duvido de tudo que não resiste a dúvida
Descanço em Epicuro
me entregando ao prazer
sem medo e sem dor
Ao fim me sinto culpada
em ter algo de estoíco
ao ter que renegar o prazer para descobrir a verdade
Mas é impossível ao homem
o centro de tudo,isso resistir.
Me vejo no Vitruviano
que tem algo de divino
imanência grega,a arte perfeita
E me ilumino,crio uma ordem para este mundo
que acredita na matéria e se ama tal como é
Nihil,é tão triste tal fato
dizer não a este mundo
em prol da imaginação de um mundo perfeito
que transcende do nada
do mesmo nada que transcende Deus
Tento não pensar nas coisas em si
mas como elas são vistas
e o que existe de fato
Acabo por fim em ver o mundo em duas partes
e assim como Platão,o mundo das ideias
me parece ser tão mais real
do que as sombras que nos iludem
Ah!Salvar-me-ei na metafísica
a primeira filosofia
que há de me responder
quem sou e para onde irei
e há de me fazer atingir
a absoluta verdade por trás das coisas
Não hei de ser retórica
Vou ser dialética.

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