O futuro está aí,palpável,e ao mesmo tempo inatingível.
E eu tenho medo dele.Talvez eu faça a pose da menina que não teme nada,que lute pelo que quer,mas,não é bem isso.Eu sou extremamente fraca.E em relação á tudo,não somente ao meu futuro.
É uma página em branco á minha frente,estou com uma caneta e não sei o que escrever.
Escrevo algumas palavras,me arrependo,volto atrás e apago com corretivo.
(e penso se o que eu fiz estava certo ou não.Será que eu deveria ter continuado?)
Estou cansada dos vestibulares.Estou cansada de entregar currículos.Estou cansada de ser sustentada pelos meus pais.Estou cansada de ver meus amigos certos do dia de amanhã,e eu,apenas esperando ligações ou scraps no orkut para me guiarem ao que eu devo fazer amanhã.
Sempre achei o futuro um lugar distante, algo que eu não deveria me preocupar muito pois mais cedo ou mais tarde eu chegaria nele. Minha visão sempre foi mais voltada para o presente, para os problemas atuais e com solução mais imediata. De problema em problema, os problemas grandes gradualmente se resolveriam.
Isso não significa que eu não tenha feito planos - melhor dizendo, pensado nas possibilidades que poderiam surgir. Como os anos passaram e o futuro está quase se tornando presente, a hora de decidir por um caminho se aproxima e eu já tenho uma boa idéia do que quero fazer da minha vida.Mas a GRANDE pergunta é:
Vou conseguir?
A grande pergunta dos outros é:
O que eu tanto temo?
A minha mísera resposta é:
Não realizar sonho algum.
A grande verdade é que:
Já realizei alguns,mas ao longo dos anos,desvalorizo eles,para pensar nos outros.Maiores sonhos.
Não tenho medo de estar sozinha amanhã.De não ter um namorado,marido ou qualquer coisa que o valha.Não tenho medo da 3 guerra mundial,da falta de água e do super aquecimento do planeta.Porra,eu sou egoísta,porque o meu único medo é não conseguir ser metade do que eu sonhei para mim.E isso me faz triste.Não incluir coisas mais humanitárias nesses meus sonhos.Isso me torna alguém desprezível e fria?Ou alguem com uma visão do total extremamente pequena?
A grande verdade das verdades é que eu JAMAIS vou saber isso.
Então que o ká faça sua parte.
O mundo é um moínho.
(Título inspirado num diálogo entre eu e o meu sobrinho de 6 anos)
[Gustavo-Tia,tem um bicho papão embaixo da minha cama?]
[Eu-Não,claro que não]
[Gustavo-que bom.Se não eu não ia conseguir pensar no que eu ia fazer amanhã]
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Poema a duas mãos
Interlúdio de Domingo
Desbravo a rua
Há tanta gente,tantos nomes...
Lojas expondo seus produtos,vidas expondo seu cansaço.
E eu taciturno,ajeito meu óculos por cima desta
pele pálida e dormente.
O relógio de pulso não funciona,pende firme e
inútil como eu o faço com minha vida durante os anos
A rua é tão cinza que me assombro
O sol também é cinza como é cinza meu corpo e
alma
Jamais consiguirei respirar-te manhã de domingo
assim como jamais poderei definir
o lábio da poetisa quando fuma
ou quando recita algo bom de se ouvir.
Deixei mais do que a rua para trás ontem,deixei um
passado e um antigo amor.Deixei alguns poemas e
anotações para trás
(não se leva muito quando se quer fugir)
Mas de ti,manhã de domingo,não se foge,
não se grita,não se corre
Quando vens,traz um vento
imóvel,que não anuncia nada
(anuncia talvez que a tristeza contida,irá se expandir)
E o cinza do céu,das ruas,do ar
se mistura com o mesmo cinza que encobre minha alma.
Domingo,a personificação do nada
nada
nada.
Nesse fim de domingo,onde não há horas
sinto que é o fim
apenas o fim
dos meus breves sonhos
e das poucas centelhas que já cultivei.
Adeus domingo,adeus antigos e novos amores
Adeus pálida poetisa,adeus a mim mesmo
Mas afinal,domingo vazio
o adeus é endereçado a quem?
Desbravo a rua
Há tanta gente,tantos nomes...
Lojas expondo seus produtos,vidas expondo seu cansaço.
E eu taciturno,ajeito meu óculos por cima desta
pele pálida e dormente.
O relógio de pulso não funciona,pende firme e
inútil como eu o faço com minha vida durante os anos
A rua é tão cinza que me assombro
O sol também é cinza como é cinza meu corpo e
alma
Jamais consiguirei respirar-te manhã de domingo
assim como jamais poderei definir
o lábio da poetisa quando fuma
ou quando recita algo bom de se ouvir.
Deixei mais do que a rua para trás ontem,deixei um
passado e um antigo amor.Deixei alguns poemas e
anotações para trás
(não se leva muito quando se quer fugir)
Mas de ti,manhã de domingo,não se foge,
não se grita,não se corre
Quando vens,traz um vento
imóvel,que não anuncia nada
(anuncia talvez que a tristeza contida,irá se expandir)
E o cinza do céu,das ruas,do ar
se mistura com o mesmo cinza que encobre minha alma.
Domingo,a personificação do nada
nada
nada.
Nesse fim de domingo,onde não há horas
sinto que é o fim
apenas o fim
dos meus breves sonhos
e das poucas centelhas que já cultivei.
Adeus domingo,adeus antigos e novos amores
Adeus pálida poetisa,adeus a mim mesmo
Mas afinal,domingo vazio
o adeus é endereçado a quem?
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